Acho que estás a ficar muito confuso e isso assusta-me! Nunca te tinhas despedido de mim com "um beijo do teu Ruca"! Sinceramente, acho que a tua história da Lituana e da garrafa de uisque está contada de forma atabalhoada e dificil de entender! Penso que isso reflete o teu estado de espirito. Isso leva-me a um raciocínio aterrador: será que as tuas multiplas experiências com mulheres te estarão a provocar cansaço e frustração e por causa disso estarás a equacionar abrir novas perspectivas para a tua vida sexual, encarando a possibilidade de experiências com pessoas do mesmo sexo? Foda-se, para quê estar com rodeios: estás a pensar em virar paneleiro?! Sinceramente, se é esse o caso, digo-te do fundo do coração : não podes contar comigo! Abrenúncio! (vejo agora que nunca escrevi esta palavra. Será assim que se escreve?). Bem sei que já nos abraçamos várias vezes e chegamos a chorar no ombro um do outro, mas que diabo, um homem também pode abraçar um amigo sem que isso nos provoque tusa! Eu sei que tu acreditas que todas as mulheres têm dentro de si uma lésbica, mesmo que não dêm por isso e assusta-me pensar que tu podes achar que cada homem tem no seu interior um maricas pronto a saltar cá para fora!
Por favor sossega-me! Diz-me que estou enganado! Se não for esse o caso, embora eu te possa aceitar tal como tu serás (mas com mais cautela), por favor não tentes convencer-me de que também eu posso seguir esse caminho. Nunca te perdoaria!
Um grande abraço másculo de macho para macho!
Zeca
24 de novembro de 2004
22 de novembro de 2004
Caro Zeca,
Hoje vou-te contar a história da lituana e da garrafa de uísque.
O Russo é um amigo meu que gosta de lituanas. Gosta de tudo em geral porque tem boa boca, mas se forem de leste gosta mais; e então de lituanas nem se fala. O Russo, dizia eu, tem uma amiga lituana, a quem nós também chamamos litauskas porque os nomes deles lá acabm muitas vezes em auskas e aitas e outras sons sonoros assim. A amiga do Russo tem uma amiga que trabalha comigo. Essa amiga levava com ele todos os dias, mesmo nos de período.
Ora o Russo, que além de gostar de gajas de leste também aprecia o jogo, apostou que eu levava a litauskas em questão para a cama antes do Natal. E a aposta foi com uma das amigas dela e vale uma garrafa de uísque!
Agora estás a ver a minha posição: eu que nem sequer estou muito motivado; eu, que me custa roubar a rapariga de alguém (esqueci-me de dizer que ela tem um namorado recente que se chama Migaitas ou uma merda assim). Por outro lado, não posso deixar um amigo pagar uma garrafa de uísque sem fazer um esforço para que seja ele a ganhá-la. Pior, a coisa não está fácil porque a garina anda em plena lua-de-mel com o tal Gaitas e não me parece que nutra o mesmo olhar tenrinho que fazia quando eu lhe olhava pró entrecoxas...
Conclusão, começo a duvidar seriamente dos meus dotes e não sei que armas utilizar. O tempo escasseia (falta menos de um mês porque ela dia 18 volta prá Vilnius passar o Natal com os papás) e a arma que me resta (mostrar-lhe o mangalho em fabulosa erecção) não a posso usar aqui no escritório sem arriscar um processo por assédio.
Que fazer? Que fazer?
Um beijo do teu,
Ruca
O Russo é um amigo meu que gosta de lituanas. Gosta de tudo em geral porque tem boa boca, mas se forem de leste gosta mais; e então de lituanas nem se fala. O Russo, dizia eu, tem uma amiga lituana, a quem nós também chamamos litauskas porque os nomes deles lá acabm muitas vezes em auskas e aitas e outras sons sonoros assim. A amiga do Russo tem uma amiga que trabalha comigo. Essa amiga levava com ele todos os dias, mesmo nos de período.
Ora o Russo, que além de gostar de gajas de leste também aprecia o jogo, apostou que eu levava a litauskas em questão para a cama antes do Natal. E a aposta foi com uma das amigas dela e vale uma garrafa de uísque!
Agora estás a ver a minha posição: eu que nem sequer estou muito motivado; eu, que me custa roubar a rapariga de alguém (esqueci-me de dizer que ela tem um namorado recente que se chama Migaitas ou uma merda assim). Por outro lado, não posso deixar um amigo pagar uma garrafa de uísque sem fazer um esforço para que seja ele a ganhá-la. Pior, a coisa não está fácil porque a garina anda em plena lua-de-mel com o tal Gaitas e não me parece que nutra o mesmo olhar tenrinho que fazia quando eu lhe olhava pró entrecoxas...
Conclusão, começo a duvidar seriamente dos meus dotes e não sei que armas utilizar. O tempo escasseia (falta menos de um mês porque ela dia 18 volta prá Vilnius passar o Natal com os papás) e a arma que me resta (mostrar-lhe o mangalho em fabulosa erecção) não a posso usar aqui no escritório sem arriscar um processo por assédio.
Que fazer? Que fazer?
Um beijo do teu,
Ruca
Caro Zeca,
Ando para te escrever há mais de quinze dias. E cada hora que passa fico mais angustiado por não ter a oportunidade de esparramar aqui as minhas preocupações.
Desde que te escrevi pela última vez aconteceu tanta coisa que nem sei por onde começar. Em vez de ver este blogue como um espaço epistolar tenho de o assumir como um diário, já que tantas coisas boas e más acontecem que a frequência diária é o mínimo aceitável... Eu sou um tipo que precisa de desabafar para parar e tentar perceber.
Comecemos pelas amantes:
O psicólogo da minha amante mandou-a acabar comigo. Ou melhor, o gajo disse-lhe que ela tinha que dizer o que lhe ia na alma e a pobre Verónica, obediente, veio-me dizer que procura uma relação estável, com um rapazinho que a leve ao cinema e a concertos. Eu disse que a compreendia e que achava mesmo muito bem ainda que isso me partisse o coração. Fim de citação, porque não parte rigorosamente nada.
Para falar verdade, apesar de ela deve ter a carinha mais linda que jamais lambi, na cama já deu o que tinha a dar. Passou provas com distinção, atingiu o cum laude (se tivermos em conta a idade da moçoila que eu quase desvirginei aos 19) mas como já por ali ando há já um ano e meio deves compreender que são uvas pisadas e a fermentar.
Enfim, ela acabou por não acabar porque "enquanto não tiver outro namorado podemos ver-nos". Posso ficar descansado que tão cedo ninguém lhe pega. Ou melhor, pegam, mas dão-lhe duas e largam-na. Ela, com a confusão que lhe vai na cabeça vai ser difícil que alguém a ature. Mas quando penso que ela gosta de levar umas boas bofetadas enquanto... bem, é melhor nem pensar. Sabes, ela é daquelas miúdas que têm uma cara que pede uma boa estalada. E ainda por cima gosta. Bem, não é para falr disto que eu aqui estou...
Na verdade ela tinha um namorado, com quem acabou tudo há dois anos, mas que continua a "ver" quando vem de férias à terrinha (a terrinha é uma aldeia aqui perto do Luxemburgo, porque ela está a estudar em Niort, que é, mais ou menos, no cu do mundo se considerarmos que a Alemanha é a cabeça do dito). Esse rapaz é um latagão, monitor de ténis, de 1m92 que prometeu matar-me se me visse com ela porque, diz ele, e passo a citar, que eu ando a fazer pouco dela. Os factos são um pouco diferentes: eu faço mais dela do que ele alguma vez fez, já que o garino tem 20 anos recém-cumpridos, nunca roeu nada daquela qualidade (nem se calhar de outra) e cada vez que lhe salta para as costas é por 5 minutos. Ela precisa pelo menos de dez para se vir (fica aqui a informação, que pode vir a ser útil para eventuais rapazes que a cruzem no futuro e que queiram dar-se ao trabalho de a satisfazer).
Em suma, ela deixou de foder o rapaz porque diz que ela não lhe liga um charuto e, afinal, o sexo com ele não é tão bom como isso. Comigo é, não tenhas dúvidas. Pelo menos eu gosto. O psicólogo disse-lhe paramandar bugiar o tal tenista e ela mandou. Felizmente que o psicólogo lhe disse que eu lhe fazia bem e por isso ela continua a ver-me.
No embalo das confissões que prometeu ao psicólogo, ela disse-me que gostava de assumir algo comigo, eu disse que não podia e ficámos conversados. Ela apanhou o comboio para Niort e agora só pró Natal é que a cheiro, que a promessa de a ir lá ver não passa disso já que duas vezes 800 quilómetros de gasolina no meu carro fazem mossa na carteira, já para não falar das portagens.
Bem, por aqui fico, mas prometo que te escrevo ainda esta semana para te falar de uma lituana que vale uma garrafa de uísque e de uma polaca que faz os melhores broches do lado de lá da cortina de ferro.
Beijos,
Ruca
Desde que te escrevi pela última vez aconteceu tanta coisa que nem sei por onde começar. Em vez de ver este blogue como um espaço epistolar tenho de o assumir como um diário, já que tantas coisas boas e más acontecem que a frequência diária é o mínimo aceitável... Eu sou um tipo que precisa de desabafar para parar e tentar perceber.
Comecemos pelas amantes:
O psicólogo da minha amante mandou-a acabar comigo. Ou melhor, o gajo disse-lhe que ela tinha que dizer o que lhe ia na alma e a pobre Verónica, obediente, veio-me dizer que procura uma relação estável, com um rapazinho que a leve ao cinema e a concertos. Eu disse que a compreendia e que achava mesmo muito bem ainda que isso me partisse o coração. Fim de citação, porque não parte rigorosamente nada.
Para falar verdade, apesar de ela deve ter a carinha mais linda que jamais lambi, na cama já deu o que tinha a dar. Passou provas com distinção, atingiu o cum laude (se tivermos em conta a idade da moçoila que eu quase desvirginei aos 19) mas como já por ali ando há já um ano e meio deves compreender que são uvas pisadas e a fermentar.
Enfim, ela acabou por não acabar porque "enquanto não tiver outro namorado podemos ver-nos". Posso ficar descansado que tão cedo ninguém lhe pega. Ou melhor, pegam, mas dão-lhe duas e largam-na. Ela, com a confusão que lhe vai na cabeça vai ser difícil que alguém a ature. Mas quando penso que ela gosta de levar umas boas bofetadas enquanto... bem, é melhor nem pensar. Sabes, ela é daquelas miúdas que têm uma cara que pede uma boa estalada. E ainda por cima gosta. Bem, não é para falr disto que eu aqui estou...
Na verdade ela tinha um namorado, com quem acabou tudo há dois anos, mas que continua a "ver" quando vem de férias à terrinha (a terrinha é uma aldeia aqui perto do Luxemburgo, porque ela está a estudar em Niort, que é, mais ou menos, no cu do mundo se considerarmos que a Alemanha é a cabeça do dito). Esse rapaz é um latagão, monitor de ténis, de 1m92 que prometeu matar-me se me visse com ela porque, diz ele, e passo a citar, que eu ando a fazer pouco dela. Os factos são um pouco diferentes: eu faço mais dela do que ele alguma vez fez, já que o garino tem 20 anos recém-cumpridos, nunca roeu nada daquela qualidade (nem se calhar de outra) e cada vez que lhe salta para as costas é por 5 minutos. Ela precisa pelo menos de dez para se vir (fica aqui a informação, que pode vir a ser útil para eventuais rapazes que a cruzem no futuro e que queiram dar-se ao trabalho de a satisfazer).
Em suma, ela deixou de foder o rapaz porque diz que ela não lhe liga um charuto e, afinal, o sexo com ele não é tão bom como isso. Comigo é, não tenhas dúvidas. Pelo menos eu gosto. O psicólogo disse-lhe paramandar bugiar o tal tenista e ela mandou. Felizmente que o psicólogo lhe disse que eu lhe fazia bem e por isso ela continua a ver-me.
No embalo das confissões que prometeu ao psicólogo, ela disse-me que gostava de assumir algo comigo, eu disse que não podia e ficámos conversados. Ela apanhou o comboio para Niort e agora só pró Natal é que a cheiro, que a promessa de a ir lá ver não passa disso já que duas vezes 800 quilómetros de gasolina no meu carro fazem mossa na carteira, já para não falar das portagens.
Bem, por aqui fico, mas prometo que te escrevo ainda esta semana para te falar de uma lituana que vale uma garrafa de uísque e de uma polaca que faz os melhores broches do lado de lá da cortina de ferro.
Beijos,
Ruca
3 de novembro de 2004
Caro Ruca,
Não te compreendo! Se vais a Paris para te encontrar com a tua amante, como é que precisas de "iluminar as tuas noites"? Percebi que ficaste lá mais 2 ou 3 dias sózinho, mas não podias ter aproveitado para ir beber uns copos com uns gajos e falar de futebol ou mulheres, em vez de ires logo procurar outra companhia feminina? Ao contrário de ti, eu sempre fui fiel ás minhas amantes. Nunca as traí com outras. Enquanto dura o romance,os meus olhos só a vêm a ela. Bem sei que na primeira noite que passei com a Clara, tinha ido prá cama na noite anterior com a Marta Joaquina, a minha amante antes dela. Mas desde essa primeira noite com a Clara, nunca mais fui com a Marta Joaquina e acabei a relação no mês seguinte. Comigo é assim: uma de cada vez!
Por falar nisso, as coisas resolveram-se milagrosamente com a Clara! Depois da última carta que te escrevi, ela ainda descobriu que algumas das suas colegas de trabalho sabiam que ela anda comigo. Isso pôs as coisas ainda pior e eu já estava a ver que o caso não ia ter solução. Na segunda-feira da semana passada recebi um sms dela que dizia: "perdoa-me mas eu não aguento mais!!!". Claro que me caiu o coração aos pés, mas pedi-lhe para ter calma e que falaríamos no dia seguinte. Quando eu já tinha preparado o meu discurso de despedida, ela afinal diz-me que se eu aceitar esperar por ela até ela fazer o exame de condução e não a pressionar, ela aceita manter a nossa relação! Fiquei pasmado! Claro que aceitei! A ideia dela é que quando tirar a carta, pode fugir com o carro do namorado e vir ter comigo mais facilmente e mais seguramente, sem eu ter que a ir buscar à porta do emprego ou de casa e corrermos o risco de sermos vistos. A melhor amiga dela diz que ela não tem coragem de acabar comigo porque sabe que não vai encontrar outro gajo como eu! (fiquei sensibilizado!). Mas eu acho que a razão fundamental que a fez mudar de ideias foi outra. Segundo parece, uma das tais colegas que a viu comigo disse: "lá vai a Clara com o amigo! Ele é tão bonito, que não percebo para que é que ele a quer!" (voltei a ficar bastante sensibilizado!). Conclusão da Clara: "se calhar queria ficar ela contigo! Vaca! Tu és meu!" Gostei! O exame de condução foi na terça-feira. Ela passou!
O Lopes acha que a partir deste momento eu perdi o controle da relação e estou lixado porque vou ter que jogar sempre segundo as regras dela. Não percebo porque é que ele diz isso! Lá por me ter apetecido pôr de joelhos a agradecer-lhe com lágrimas nos olhos o facto de ela já não querer acabar, não quer dizer que tenha perdido o controle! E se ela me quiser dar com o chicote, que mal é que faz? Se calhar até gosto, sei lá!
Nota: guardei o contacto que vinha na página da Kathia. Talvez volte a Paris em breve. Se me encontrar com ela dou-lhe cumprimentos teus, ok?
Abraço.
Zeca
Por falar nisso, as coisas resolveram-se milagrosamente com a Clara! Depois da última carta que te escrevi, ela ainda descobriu que algumas das suas colegas de trabalho sabiam que ela anda comigo. Isso pôs as coisas ainda pior e eu já estava a ver que o caso não ia ter solução. Na segunda-feira da semana passada recebi um sms dela que dizia: "perdoa-me mas eu não aguento mais!!!". Claro que me caiu o coração aos pés, mas pedi-lhe para ter calma e que falaríamos no dia seguinte. Quando eu já tinha preparado o meu discurso de despedida, ela afinal diz-me que se eu aceitar esperar por ela até ela fazer o exame de condução e não a pressionar, ela aceita manter a nossa relação! Fiquei pasmado! Claro que aceitei! A ideia dela é que quando tirar a carta, pode fugir com o carro do namorado e vir ter comigo mais facilmente e mais seguramente, sem eu ter que a ir buscar à porta do emprego ou de casa e corrermos o risco de sermos vistos. A melhor amiga dela diz que ela não tem coragem de acabar comigo porque sabe que não vai encontrar outro gajo como eu! (fiquei sensibilizado!). Mas eu acho que a razão fundamental que a fez mudar de ideias foi outra. Segundo parece, uma das tais colegas que a viu comigo disse: "lá vai a Clara com o amigo! Ele é tão bonito, que não percebo para que é que ele a quer!" (voltei a ficar bastante sensibilizado!). Conclusão da Clara: "se calhar queria ficar ela contigo! Vaca! Tu és meu!" Gostei! O exame de condução foi na terça-feira. Ela passou!
O Lopes acha que a partir deste momento eu perdi o controle da relação e estou lixado porque vou ter que jogar sempre segundo as regras dela. Não percebo porque é que ele diz isso! Lá por me ter apetecido pôr de joelhos a agradecer-lhe com lágrimas nos olhos o facto de ela já não querer acabar, não quer dizer que tenha perdido o controle! E se ela me quiser dar com o chicote, que mal é que faz? Se calhar até gosto, sei lá!
Nota: guardei o contacto que vinha na página da Kathia. Talvez volte a Paris em breve. Se me encontrar com ela dou-lhe cumprimentos teus, ok?
Abraço.
Zeca
25 de outubro de 2004
Caro Zeca,
Fiquei preocupado com as notícias que me deste. Tens razão, nós não temos idade para andar a desperdiçar as miúdas de vinte anos que nos aparecem pela frente. Eu ainda não sei como arranjei a minha e parece-me difícil vir a arranjar outra assim nos tempos cada vez mais difíceis que se aproximam. O problema é que nós nos afastamos dos vinte anos, mas as miúdas de vinte vão ter vinte toda a vida. Um drama!
Recebi a tua mensagem a dizer que ias a Paris. Tive pena de não te cruzar nos Champs! Fui no domingo para passar a noite com a minha amante e depois passei lá três dias num curso engraçado onde não aprendi grande coisa. Mas, prontos, é sempre bom passar uns tempos na Cidade-Luz.
Para iluminar as minhas noites decidi investigar o que de bom por lá se fazia em termos de entretenimento de homens sós. Encontrei. Apesar das proibições e da estrita regulamentação no que respeita à (Deus me livre) prostituição e proxenetismo, a noite parisiense ganhou muito com o alargamento da União. Organizadíssimas agências húngaras e checas mandam meninas até Paris para fazerem excursões de oito a quinze dias e, para pagarem os hóteis, que são muito caros, essas raparigas pedem-te entre 150 e 300 euros para te entreterem durante uma hora. Trabalho digno que não envergonha ninguém e que ajuda a melhorar o nível de vida nos países aderentes. Pergunto-me porque é que Portugal não investiu mais nisto nos anos 80, em vez de continuar a mandar trolhas pró Luxemburgo. Talvez falta de mão-de-obra qualificada?
Para concluir, telefonei a uma dessas meninas estrangeiras e recebi a visita simpática da Kathia, que é uma pioneira do alargamento europeu de 2032. Nascida em São Petersburgo há 23 anos, a Kathia disse-me logo que esta não era o seu verdadeiro nome mas que não me diria o verdadeiro. Coisa que acabou por fazer depois de meia hora a ouvirmos música russa no meu iPod. Tu gostas de música russa? Gosto, menti. Na verdade gosto é das pernas e das mamas das cantoras de um grupo pop moscovita que se chama Via Gra. Ela adora as três Via Gra e tenho a impressãoq eu quando for grande quer ser como elas. Mas já é. Tão boa ou melhor que elas. Um mimo, uma princesa, uma rainha. Se quiseres vê-la espreita http://kathia.sexy.site.voila.fr.
Bem, agora tenho de ir porque prometi que lhe gravava um CD com as Via Gra e a banda sonora original do Brat 2, um filme policial cómico sobre dois russos em Nova Iorque. Não deve ser tão bom como The Terminal mas a música ajuda a engatar russas...
Um abraço,
Ruca
Recebi a tua mensagem a dizer que ias a Paris. Tive pena de não te cruzar nos Champs! Fui no domingo para passar a noite com a minha amante e depois passei lá três dias num curso engraçado onde não aprendi grande coisa. Mas, prontos, é sempre bom passar uns tempos na Cidade-Luz.
Para iluminar as minhas noites decidi investigar o que de bom por lá se fazia em termos de entretenimento de homens sós. Encontrei. Apesar das proibições e da estrita regulamentação no que respeita à (Deus me livre) prostituição e proxenetismo, a noite parisiense ganhou muito com o alargamento da União. Organizadíssimas agências húngaras e checas mandam meninas até Paris para fazerem excursões de oito a quinze dias e, para pagarem os hóteis, que são muito caros, essas raparigas pedem-te entre 150 e 300 euros para te entreterem durante uma hora. Trabalho digno que não envergonha ninguém e que ajuda a melhorar o nível de vida nos países aderentes. Pergunto-me porque é que Portugal não investiu mais nisto nos anos 80, em vez de continuar a mandar trolhas pró Luxemburgo. Talvez falta de mão-de-obra qualificada?
Para concluir, telefonei a uma dessas meninas estrangeiras e recebi a visita simpática da Kathia, que é uma pioneira do alargamento europeu de 2032. Nascida em São Petersburgo há 23 anos, a Kathia disse-me logo que esta não era o seu verdadeiro nome mas que não me diria o verdadeiro. Coisa que acabou por fazer depois de meia hora a ouvirmos música russa no meu iPod. Tu gostas de música russa? Gosto, menti. Na verdade gosto é das pernas e das mamas das cantoras de um grupo pop moscovita que se chama Via Gra. Ela adora as três Via Gra e tenho a impressãoq eu quando for grande quer ser como elas. Mas já é. Tão boa ou melhor que elas. Um mimo, uma princesa, uma rainha. Se quiseres vê-la espreita http://kathia.sexy.site.voila.fr.
Bem, agora tenho de ir porque prometi que lhe gravava um CD com as Via Gra e a banda sonora original do Brat 2, um filme policial cómico sobre dois russos em Nova Iorque. Não deve ser tão bom como The Terminal mas a música ajuda a engatar russas...
Um abraço,
Ruca
14 de outubro de 2004
Caro Ruca,
Ando muito em baixo pá! A Clara quer acabar tudo! A relação está por um fio! As coisas estavam a ficar melhor e de repente o namorado dela descobriu um sms meu muito comprometedor! Eu sempre lhe disse que não devia guardar as minhas mensagens mas ela não tinha coragem de as apagar. Dizia ela que tinha proibido o namorado de lhe mexer no telemóvel e que se o apanhasse acabariam tudo! É claro que eu sempre pensei que se fosse eu, ficaria logo desconfiado e seria exactamente isso que eu iria fazer na primeira oportunidade. Também nunca percebi como é que o gajo aceitou isso! Ou era burro, ou (a hipótese mais provável) tinha tanto medo do que ía encontrar que nem tinha coragem! Parece que finalmente a arranjou e eu nem percebo como é que ela lhe deu a volta e com que argumentos! A verdade é que deu e é claro que em vez de acabar tudo com ele, como lhe tinha prometido, assustou-se, concluiu que não o que perder, que não aguentará o escândalo e que não poderá suportar a vergonha que sentirá perante a sua família, mas sobretudo perante a família dele. Excusado será dizer que, sendo assim, quem fica em maus lençóis sou seu! Ficou cheia de medo e acha que não vai aguentar a pressão. Para ela, ficou agora claro que a nossa relação não tem futuro. Ela diz que, apesar de saber que não temos hipóteses, não tem coragem de acabar, porque sabe que se arrependerá no minuto seguinte! Eu digo que isto parece quando o meu pai estava a morrer: eu sabia que ele não tinha hipótese de se salvar, sabia que quando tudo acabasse ele e nós pararíamos de sofrer, mas no entanto, nunca quis que ele morresse! Parecemos dois parvos! Isto não ata nem desata, mas ninguém desliga as máquinas! Por mim sei porquê. Primeiro, porque gosto mesmo da miúda. Segundo, porque ela tem 20 anos e eu sei que dificilmente voltarei a ter uma mulher de 20 anos. Já tenho 39, que diabo! Sei que ela ás vezes é mesmo "operária", que o seu nível cultural é fracote e que ninguém acharia correcto se eu abandonasse a minha família para me juntar a ela. Sinceramente, eu próprio acho que me arrependeria se desse esse passo. Mas que diabo, ela é esperta, é divertida, surpreende-me muitas vezes com conhecimentos que tem e que eu próprio não domino, sinto-me muito bem ao pé dela e, sobretudo, quando está nua tem um nível intelectual absolutamente extraordinário! Que me interessa o nível intelectual da nossa conversa quando ela me arranha todo de prazer?! E onde é que eu vou encontar outra mulher que durante 14 meses da nossa relação teve sempre orgasmos múltiplos cada vez que fazíamos amor, mesmo que durante muito tempo tivessemos sexo pelo menos 1 vez por semana e muitas delas 2 ou 3, sem que ela se cansasse ou achasse rotineiro? Claro que eu estou aterrorizado! Quem não estaria, ao pressentir uma perda tão grande e com a certeza quase absoluta de nunca voltar a arranjar substituta à altura! E como é que eu posso sequer imaginar que vou voltar a ficar em casa quietinho com a minha mulher e o sexo raro e medíocre que temos? Aínda por cima, não realizei ainda todas as minhas fantasias sexuais com ela! Por várias razões, apesar de já ter conseguido o seu acordo tácito, nunca tivemos sexo anal. E isso vai-me ficar atravessado como uma das maiores frustrações da minha vida!Não é fácil, pá! Ando tão descoroçoado que ontem marquei uma viagem de trabalho a Paris pela Net. Enganei-me nas putas das datas e tive que comprar 1 bilhete novo! Hoje de manhã, entrei numa rua de sentido único, pelo sentido proibido! E eu conheço a puta da rua de cor! É a minha cidade, foda-se! Nunca me senti assim por causa de uma mulher! E tu sabes que eu me apaixono facilmente e perdidamente!
Bem, se não for passado a ferro por um camião caso entre na via errada da auto-estrada ou algo parecido, volto a dar-te notícias quando houver novidades.
Abraço,
Zeca
Bem, se não for passado a ferro por um camião caso entre na via errada da auto-estrada ou algo parecido, volto a dar-te notícias quando houver novidades.
Abraço,
Zeca
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