22 de novembro de 2004

Caro Zeca,

Hoje vou-te contar a história da lituana e da garrafa de uísque.
O Russo é um amigo meu que gosta de lituanas. Gosta de tudo em geral porque tem boa boca, mas se forem de leste gosta mais; e então de lituanas nem se fala. O Russo, dizia eu, tem uma amiga lituana, a quem nós também chamamos litauskas porque os nomes deles lá acabm muitas vezes em auskas e aitas e outras sons sonoros assim. A amiga do Russo tem uma amiga que trabalha comigo. Essa amiga levava com ele todos os dias, mesmo nos de período.
Ora o Russo, que além de gostar de gajas de leste também aprecia o jogo, apostou que eu levava a litauskas em questão para a cama antes do Natal. E a aposta foi com uma das amigas dela e vale uma garrafa de uísque!
Agora estás a ver a minha posição: eu que nem sequer estou muito motivado; eu, que me custa roubar a rapariga de alguém (esqueci-me de dizer que ela tem um namorado recente que se chama Migaitas ou uma merda assim). Por outro lado, não posso deixar um amigo pagar uma garrafa de uísque sem fazer um esforço para que seja ele a ganhá-la. Pior, a coisa não está fácil porque a garina anda em plena lua-de-mel com o tal Gaitas e não me parece que nutra o mesmo olhar tenrinho que fazia quando eu lhe olhava pró entrecoxas...
Conclusão, começo a duvidar seriamente dos meus dotes e não sei que armas utilizar. O tempo escasseia (falta menos de um mês porque ela dia 18 volta prá Vilnius passar o Natal com os papás) e a arma que me resta (mostrar-lhe o mangalho em fabulosa erecção) não a posso usar aqui no escritório sem arriscar um processo por assédio.
Que fazer? Que fazer?
Um beijo do teu,
Ruca

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