17 de novembro de 2003

Viagem à Tailândia - Part 3

O Silvino telefonou-me. Disse-me que há muito tempo que não nos falávamos e que gostava de falar comigo. Perguntou-me que é que eu ia fazer amanhã. Não menti, disse que não sabia, mas não lhe revelei que não ia certamente encontrar-me com ele. Informou-me que pensava ir a um novo "health club" excelente, topo de gama, uma coisa maravilhosa, onde ele pensava um dia destes fazer fotografias de belas manequins, na piscina, na sauna, "que aquilo é mesmo muito bonito".
Imaginei o Silvino de toalhinha à cintura, com a careca proeminente, com o sorriso Pepsodent e a barriga a escorrer. Não consegui imaginá-lo despido nos banhos turcos. Mas consegui ver a debandada de paneleiros que habitualmente enchem o "hammam" à procura de sensações fortes que são apenas um olhar indiscreto sobre um baixo-ventre.
Será que o Silvino gosta de homens? Naquele clube costumam parar muitos homossexuais, quem sabe...
Isso não me demovia de o encontrar, mas não gosto de situações dúbias, de momentos em que duas pessoas se perguntam, num momento de silêncio mais prolongado: "que raios estou aqui a fazer?". Inevitável se eu me encontrar com o Silvino.
"A Sónia não quer vir também?", acrescentou. E interrompeu o meu "vou falar com ela", acrescentando: "e pode trazer uma amiga, se quiser...".

Sem comentários: